30 abril 2006

MARTA GIL - SACI


A BRANCA E O PROFESSOR SURDO


http://profsurdogoulao5.no.sapo.pt


Francisco, bom dia

A rede de computadores da SACI está instável; por isso uso este outro endereço eletrônico.

Por favor, veja se a interepretação está correta.

Um grande abraço,Marta Gil

________Aqui vai:

Mais uma vez, o Prof. Francisco Goulão assume seu papel de Mestre de Cerimônia se nos encanta com a história de Branca, uma menina surda que mora no Douro,com seus pais.
Estes não sabem como lidar com o fato dela ser surda; procuram o padre,que indica um médico, na cidade do Porto. Como este confirma a condição de surdez, saem tristes e vão para o circo, mas o palhaço também não consegue fazê-los rir.
Até que um professor de Língua Portuguesa de Sinais é indicado. Branca estuda com afinco e aprende a se comunicar. Todos ficam alegres!A história tem um final feliz: Branca casa-se com seu professor de LPG,em uma linda festa, com muitos convidados, bolo e doces.

Marta Gil

SACI

30/4/2006

Olá a todos

A história animada/desenhada "A BRANCA E O PROFESSOR SURDO" em Língua Gestual Portuguesa (LGP) para crianças SURDAS , criada,escrita,ilustrada,desenhada e realizada pelo Prof. FRANCISCO GOULÃO (Surdo/Deaf) - Portugal.

Visitar:

http://profsurdogoulao5.no.sapo.pt/

Abraços a todos

Francisco Goulão
(Surdo e Professor de Surdos)


http://profsurdogoulao.no.sapo.pt/ - A PÁGINA PESSOAL DO PROF.FRANCISCO GOULÃO
http://profsurdogoulao1.no.sapo.pt/ - A 2ª PÁGINA PESSOAL DO PROF.FRANCISCO GOULÃO
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http://profsurdogoulao.blogspot.com/ - O BLOG DO PROFESSOR SURDO FRANCISCO GOULÃO- SURDOS

27 abril 2006

RTP VAI TER UMA ANIMAÇÃO EM LGP

RTP vai ter uma Animação em LGP

O próximo dia 30 de Abril (Domingo) será especial para as crianças, pois a RTP irá transmitir a animação “Tupu” em LGP com os dois Jovens Surdos fizeram de intérprete, entre às 7h00 às 8h30 da manhã.

Há cerca de 15 anos atrás houve uma animação do Corpo humano designada “ Viver”, várias pessoas surdas traduziram o seu conteúdo para LGP, estando agora de volta este tipo de iniciativas.

A RTP está a colaborar com a FPAS (Federação Portuguesa das Associações de Surdos) para mais iniciativas relacionadas com a tradução em LGP.

25 abril 2006

A NOVELA"MORANGOS COM AÇÚCAR" DA TVI TERÁ BREVEMENTE UMA ACTRIZ SURDA

A Novela “Morangos com Açúcar” da TVI terá brevemente uma Actriz Surda.

Bárbara Crespo (Modelo/Actriz Surda) foi convidada para uma participação especial na novela da TVI interpretando o papel de uma Formadora de Língua Gestual Portuguesa (LGP), ensinando as personagens da novela a comunicar em LGP com uma personagem muda.
A Actriz Surda será acompanhada pela intérprete/Cantora, Sr.ª Paula Teixeira. A sua participação irá durar cerca de três 3 episódios e será muito positiva não só para a LGP mas também para a comunidade surda, divulgando a nossa Língua Materna a todas as pessoas.

DE COIMBRA PARA VILAR FORMOSO COM SURDEZ

De Coimbra para Vilar Formoso com surdez

JORNAL DE NOTÍCIAS
25/04/2006

Henriqueta Brás
Professora há 17 anos

Mora em Coimbra e,por ter deficiência auditiva que a impede de grandes deslocações,como atestou a DREC,estava destacada,há 5 anos,em escola do concelho,a desenvolver projectos especiais. Dia 18,notificaram-na para se apresentasse,"imediatamente",em Vilar Formoso.

LÍNGUA GESTUAL NO CANAL PARLAMENTO

LÍNGUA GESTUAL NO CANAL PARLAMENTO

25/04/2006

O Canal Parlamento - TV CABO - iniciou hoje,25 Abril de 2006,as emissões com interpretação em Língua Gestual Portuguesa.

20 abril 2006

A BRANCA E O PROFESSOR SURDO


Olá a todos

A história animada/desenhada "A BRANCA E O PROFESSOR SURDO" em Língua Gestual Portuguesa (LGP) para crianças SURDAS , criada,escrita,ilustrada,desenhada e realizada pelo Prof. FRANCISCO GOULÃO (Surdo/Deaf) - Portugal.

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http://profsurdogoulao5.no.sapo.pt/

Abraços a todos

Francisco Goulão
(Surdo e Professor de Surdos)

FRANCISCO GOULÃO/A BRANCA E O PROFESSOR SURDO

14 abril 2006

CARTAS AO DIRECTOR- PÚBLICO- PROF.ª JÚLIA ROCHA

PÚBLICO

CARTAS AO DIRECTOR

JÚLIA MARIA FREIRE ROCHA

14/4/2006

"A AGONIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL"

Quero felicitar o autor da carta saída no PÚBLICO de 26/03/2006,com o título " A agonia da educação especial". Nela são apontados(...)aspectos preocupantes de um concurso que vai destruir muito do que já foi construido. Não podemos aceitar que o Ministério da Educação considere que,para alunos diferentes,a formação de base dos professores(educadores de infância,professores do 1º,2º ou 3º ciclos e ensino secundário) não é relevante. Misturar as várias qualificações profissionais pode comprometer seriamente o sucesso educativo de muitas crianças e jovens. É injusto que a experiência dos professores na educação especial esteja a ser desvalorizada,como está a acontecer. Muitos não concorreram ao novo quadro. Para alguns foi uma decisão dolorosa. Dizem que concorrer seria um salto no escuro... Mas,noutras condições,poderiam dar continuidade a um trabalho em que investiram muito e criar novos projectos. Para os alunos,foi uma perda. Os que concorreram têm consciência de ter dado esse salto para o desconhecido. Mas quando se gosta muito do trabalho que se faz,não é fácil desistir... Talvez os legisladores sejam levados a reflectir sobre os erros graves que cometeram(...) e corrigi-los. Como professora de surdos há quase três décadas,aprendi que são jovens como quaisquer outros... só linguisticamente diferentes. O respeito que devemos a todos os alunos abrangidos pela educação especial implica exigência,depois de assegurada a qualidade. É isso que devemos defender.

Júlia Maria Freire Rocha - Porto

13 abril 2006

UM NOVO MUNDO PARA MARGARIDA ???

DIÁRIO DE NOTÍCIAS

SOCIEDADE

PAULA CARMO

13/04/2006

Um novo mundo para Margarida

A Margarida é a primeira criança portuguesa a receber um implante coclear, em simultâneo, nos dois ouvidos, para que ela, agora com 23 meses, possa começar a viver sem as limitações de uma surdez congénita. Os pais, actualmente a viver na ilha da Madeira, começaram muito cedo a estranhar a falta de reacção da bebé aos estímulos sonoros. Inquietaram-se e inicialmente não queriam acreditar que Margarida, traquina e de olho azul vivo, fosse uma criança surda. Apesar da tristeza, os jovens pais não se acomodaram e pediram ajuda. "Sempre a falar para ela na esperança que ela nos ouvisse...", explica a mãe, Elsa Silva.A resposta chegou com a intervenção cirúrgica, inédita no nosso país, realizada pelo cirurgião Fernando Rodrigues, director do serviço de ortorrinolaringologia do Hospital Central do Centro Hospitalar de Coimbra (CHC). Quatro dias depois da operação, Margarida está a reagir muito bem. Manda beijinhos com as mãos a quem lhe acena um adeus, cumpre a sesta da tarde, sossegadamente, como se nada fosse.Em cada uma das cócleas (parte do ouvido que transforma as vibrações às quais chamamos som em sinais eléctricos que o cérebro interpreta) foram-lhe implantados 22 eléctrodos numa cirurgia que durou três horas. A parte externa deste sistema capta o som ambiente, analisa-o, converte-o em sinais eléctricos que é enviado ao implante coclear localizado debaixo da pele atrás da orelha.Mas para que o aparelho biomédico de alta tecnologia surta efeito, ela tem ainda pela frente um complexo programa educacional, serviço que três professoras de educação especial asseguram, e, também, um programa individual de ajuste do processador que a ajudará a gerar as sensações auditivas.Também na programação este serviço é pioneiro pois noutros países tal procedimento é padronizado para todos os implantados. O especialista de Coimbra é um entusiasta desta cirurgia: "Os implantes cocleares são direccionados para a integração social, na aquisição da oralidade, a ponto de todas as crianças já implantadas estarem a conseguir fazer uma escolaridade normal." Por isso, faz o apelo para que todos os pais e profissionais de saúde detectem precocemente a surdez nas crianças.Apesar de neste serviço a idade média do grupo pediátrico implantado ser o mais baixo da Europa, o cirurgião acredita que é possível ainda fazer melhor no que toca aos resultados da reabilitação auditiva. "Se uma criança chegar aqui com dois anos é bom, com quatro é suficiente, mas a partir daí os resultados podem ser sofríveis", adverte, acrescentando que no CHC, a consulta de surdez infantil tem prioridade, não tem listas de espera. A realizar implantes desde 1985 em adultos e desde 1992 em crianças, Fernando Rodrigues assinala "o apoio exemplar" da actual administração no desbloqueamento de verbas para a compra destes aparelhos, proporcionando a continuação desta cirurgia de implante bilateral em mais casos, já assinalados.

FRANCISCO GOULÃO/PÁSCOA 2006

11 abril 2006

DEPUTADAS DO PS ALERTAM PARA RISCOS DA POLÍTICA PARA A EDUCAÇÃO ESPECIAL

DIÁRIO DE NOTÍCIAS

SOCIEDADE

10/4/2006

Pedro Sousa Tavares

Deputadas do PS alertam para riscos da política para a educação especial

As políticas do Governo para a educação especial podem pôr em causa o futuro de centenas de alunos com necessidades educativas especiais. Este é, pelo menos, o receio expresso em dois requerimentos ao presidente da Assembleia da República, enviados por um grupo de deputadas socialistas, que pedem esclarecimentos à ministra Maria de Lurdes Rodrigues.Teresa Venda, Maria do Rosário Carneiro e Júlia Carret sustentam os seus receios em três diplomas do ministério: o Decreto-Lei n.º 20/2006 e o Aviso n.º 2174-A/2006, que criam o grupo de docência da "Educação Especial" nos concursos de colocação; e o Despacho Normativo n.º 18/2006, que define as condições para o ingresso no ensino secundário.Em relação aos dois primeiros documentos, as deputadas alertam para o facto de, a partir de agora, os professores da educação especial passarem a ser tratados como um grupo homogéneo, sem ter em conta a especificidade das formações. Uma situação que pode levar a que um docente preparado para acompanhar crianças do 1.º ciclo acabe a dar aulas a uma turma do 9.º ano, ou a que alguém especializado em deficiências como a Trissomia 21 tenha que acompanhar um aluno invisual."Agora essas vagas são abertas em função das escolas", explicou ao DN Teresa Venda. "O secretário de Estado [Valter Lemos] já disse que depois abririam outro concurso para suprir as necessidades detectadas, mas, para já, basicamente é colocado um determinado número de professores em função das escolas."
Outra preocupação relativa aos concursos é o facto de nas três mil vagas de quadro anunciadas para a educação especial não estar previsto "qualquer" lugar no ensino secundário, o que, segundo estas deputadas, põe em causa a evolução dos alunos. Teresa Venda disse desconhecer o número de estudantes que poderão ser afectados, mas explicou que "só na zona oriental de Lisboa há cerca de 100 alunos com necessidades educativas especiais que estão no 9.º ano" e que não poderão progredir para o secundário "se esta situação não for resolvida".Teresa Venda rejeita, contudo, falar em falhas, preferindo definir esta tomada de posição como um alerta à ministra da Educação: "Fizemos os requerimentos para que a senhora ministra esteja atenta, porque estas questões são melindrosas e as famílias destas crianças estão habitualmente mais fragilizadas."Segundo a deputada, as crianças com necessidades educativas especiais devem ser estimuladas a permanecer na rede escolar do ministério, em vez de procurarem alternativas de formação em instituições especializadas: "É preferível que estejam na escola o máximo possível", explicou. "São estimuladas pelos colegas e vão mais longe."Contactado pelo DN, o ministério reservou a primeira resposta para o Parlamento. Porém, informou que vai organizar brevemente uma conferência sobre a educação especial, "tendo em vista aprofundar o debate e encontrar formas de melhorar a resposta nessa área".

07 abril 2006

PRIORIDADE NO ATENDIMENTO

2003
Ano Europeu das Pessoas com Deficiência

PRIORIDADE NO ATENDIMENTO

Os cidadãos mais desprotegidos e carenciados,em especial os idosos,doentes,PESSOAS COM DEFICIÊNCIA e grávidas,dispõem,nos termos da lei,de prioridade no atendimento,neste serviço.
(art.º 9/do D.L. nº 129/91 de 2 de Abril)

Estão,por isso,dispensados de respeitar a ordem de chegada,ou de emissão dos ticketes devendo ser atendidos imediatamente a seguir ao utente que esteja a ser atendido aquando da sua chegada.
Se não integrar o grupo das pessoas em causa,ajude-nos a respeitar esta regra.
Obrigado

O Governador Civil do Distrito de Aveiro

José Manuel Milheiro de Pinho Leão

02 abril 2006

MAIORIA DOS SITES PÚBLICOS IGNORA NECESSIDADES ESPECIAIS

JORNAL DE NOTÍCIAS

SOCIEDADE

26/3/2006

Maioria dos sites públicos ignora necessidades especiais

Sandra Alves

Maioria dos sites públicos ignora necessidades especiais

Apenas 15 por cento dos organismos directos e indirectos do Estado cumprem requisitos mínimos de acessibilidade
Associações dizem que "há a percepção de que as coisas estão mal" mas osector privado é mais sensível a esta questão
A maioria dos sites de organismos e instituições do Estado não sãoacessíveis a cidadão com necessidades especiais. "O panorama não é muitofamoso", reconhece Jorge Fernandes, do Programa Acesso da UMIC - Agênciapara a Sociedade do Conhecimento, salientando, no entanto, que "não estaremos muito longe do que se passa na Europa, em que 15 por cento dossites da administração pública cumprem os requisitos mínimos" deacessibilidade.Em Dezembro, o Programa Acesso, que actua no âmbito Programa Nacional para a Participação dos Cidadãos com Necessidades Especiais na Sociedade da Informação, começou a utilizar um algoritmo de análise, chamado eXaminator,que avalia 60 critérios definidos a nível internacional e revela o índice deacessibilidade (Web@x) dos sites "numa escala de zero a dez valores". Oobjectivo é "identificar boas práticas e menos boas práticas", explica Jorge Fernandes.

Barreiras à navegação

Segundo o processo sistemático e contínuo de avaliação (Benchmarking) da Acessibilidade Web da Administração Pública (disponível no site do ProgramaAcesso), os sites dos ministérios da Educação, da Saúde, da Agricultura e daAdministração Interna são autênticas barreiras aos cidadãos com necessidades especiais, com 0,1 valores. "Ao entrar é como se houvesse um muro. É como estar perante uma página em branco", exemplifica Jorge Fernandes.Também a Direcção-Geral da Saúde (DGS) apresenta um índice Web@ax de 0,1valores. E a página recentemente criada para o Centro Nacional de Emergênciada Gripe Aviária tem 0,2.Outros exemplos são os casos da Secretaria de Estado das Comunidades (0,2),do Instituto Camões (3,1) ou da Comissão Nacional de Eleições (3,3).A Assembleia da República tem 3,5 de classificação e o Governo consegue 5valores. Na "era" Sampaio o site da Presidência recolhia apenas 2,0 valores mas, desde a posse de Cavaco Silva, disparou para os 8,6 e entrou directamente para o terceiro lugar do "top" dos sítios com melhores índicesde acessibilidade, depois do Programa Acesso da UMIC (9,7 valores) e doPlano Tecnológico (9,5)."Digamos que, com menos de 5 valores, o aluno 'chumbaria'",, esclarece JorgeFernandes, acrescentando ao JN que "já foram analisadas mais de oito milpáginas com um grande grau de confiança".Inacessibilidade, porquê?Em 1999, a resolução 97 do Conselho de Ministros determinou que os organismos públicos devem assegurar que nos seus sites "a leitura possa ser feita sem recurso à visão (...) ou dispositivos apontadores, designadamente ratos" e "a obtenção de informação e respectiva pesquisa possam ser feitas através de interfaces auditivos, visuais e tácteis". Considerações de carácter imediato para os sites a criar após a entrada em vigor do diploma.Passados sete anos, verifica-se que ainda há muito a fazer.Jorge Fernandes diz que o facto de não haver "mais páginas acessíveis" está relacionado com "a forma como as pessoas aprenderam a construí-las". "Está enraizado e há ferramentas que induzem a cometer alguns erros", justifica o membro da equipa do Programa Acesso, cujo site disponibiliza o eXaminator,que permite a análise de qualquer página web, e o espaço Hera, que explicaaos profissionais os erros cometidos.

Privados estão mais sensíveis

Legendar imagens, sons e gráficos; contextualizar as ligações de hipertexto;evitar o uso de tabelas na construção das páginas; permitir a navegação através do teclado sem recurso ao rato são algumas formas de garantir acessibilidade.A Associação Portuguesa de Deficientes (APD) recorda uma avaliação de 2003(da autoria da Accenture), que incluiu uma auto-avaliação dos organismos do Estado sobre as respectivas páginas de Internet. "33,92% reconheceu que aacessibilidade era insuficiente e 21,05% disse que era regular", ou seja,"há a percepção de que as coisas estão mal", salienta Humberto Santos,presidente da APD.Paulo Caldeira, da Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal (Acapo),considera que esta "é mais uma prova de que as entidades públicas não estão sensibilizadas" para esta problemática e defende que "há muito a fazer".Neste sentido, a Acapo iniciou uma "acção de sensibilização junto de empresas do sector público e privado" e a "receptividade tem sido bastante boa". E também há casos em que a associação é procurada para "fazer as análises aos sites e dizer o que pode ser melhorado".

Advogada sem acesso ao Habilus queixou-se mas não teve resposta

Mariana Rocha
Advogada

Em Outubro, Mariana Rocha enviou uma carta registada para a Direcção Geral dos Assuntos da Justiça, da qual nunca recebeu resposta. Em causa estava oHabilus, plataforma disponível no portal Tribunais.Net para consultar processos, enviar requerimentos, confirmar datas de julgamentos, etc., que esta advogada de 26 anos não conseguia utilizar por ser invisual. "Contudo,cerca de um mês depois, a acessibilidade melhorou", revela. "Antes não fazia praticamente nada e agora já consigo visualizar os processos, mas só os que tiveram algum desenvolvimento nos últimos 30 dias", acrescenta, num misto de satisfação e indignação.Para além desta ferramenta profissional, a jovem advogada de um escritório de Matosinhos aponta outros casos: no site dos Transportes Colectivos doPorto "as notícias estão em formato de imagem", na página do Metro do Porto"é impossível a consulta dos horários" e o "home banking" da CGD está limitado à consulta de saldo e últimos movimentos", exemplifica.

Obrigado a entregar IVA pela Net mas não tem acesso ao serviço

António Silva
Empresário em nome individual

De ano para ano cada vez são mais os portugueses que optam pelas Declarações Electrónicas em vez das repartições de Finanças. Mas, involuntariamente,António Silva não é um deles. Este empresário em nome individual, que comercializa material informático, tem de entregar a declaração periódica doIVA por via online (obrigatório desde Maio de 2005) mas, por ser invisual,"é impossível aceder à informação". "Os campos de preenchimento estão barrados, por isso tenho de pedir à minha esposa que o faça por mim", tal como acontecia com a declaração em papel, contou ao JN. "Seria mais lógico que, tendo sido facilitado o serviço, se aproveitasse para o tornar acessível", defende o criador das páginas www.lerparaver.com e www.aminharadio.com. "Obrigam-nos a entregar o IVA por via online mas não foram obrigados a torná-la acessível", critica ainda António, que também dá apoio técnico aos alunos da Universidade do Porto com deficiência.

01 abril 2006

O SNRIPD VAI DAR LUGAR AO INSTITUTO NACIONAL DE REABILITAÇÃO

PÚBLICO

31/3/2006

O SNRIPD vai dar lugar ao Instituto Nacional de Reabilitação
Mudança na Administração Pública revela a presença de Instituto Nacional de Reabilitação
Jornal Público, sexta-feira, 31 de março de 2006Segundo o jornal público o novo organigrama da estrutura dos serviços da Administração Pública o SNRIPD deixa de estar presente dando lugar ao Instituto Nacional de Reabilitação.Mantém-se o CNRIPD (Conselho Nacional para a Integração e Reabilitação das Pessoas com deficiênca) como órgão consultivo no Ministério do Trabalho e da Segurança Social.Artigo disponível emhttp://www.ajudas.com/notVer.asp?id=635
Poderá ver esta Súmula das Macro-estruturas Propostas em http://www.publico.clix.pt/docs/economia/Pracemacroestruturasfinal.pdf

POLÍCIA DOA INDEMNIZAÇÃO A ASSOCIAÇÃO DE SURDOS

JORNAL DE NOTÍCIAS

MINHO

31/3/2006

Polícia doa indemnização a associação de surdos

Sandra Pereira entrega a indemnização à associação de surdos localPedro Antunes PereiraA agente Sandra Pereira, da Polícia Municipal de Braga, doou, ontem, à Associação de Surdos de Braga os 500 euros que recebeu como indemnização resultante de um processo cível interposto contra um cidadão. O desrespeito e os insultos à autoridade renderam um valor que a agente quis entregar a "uma associação recente, carenciada e com pouca visibilidade. Para além de viverem com muitas dificuldades".Testemunhando a entrega da doação, o presidente da Câmara de Braga não deixou de referir que "este é um exemplo de que a Polícia Municipal não quer ficar com o dinheiro das indemnizações, preferindo entregá-lo a quem precisa".Mesquita Machado espera que não haja necessidade "de entregar mais indemnizações porque era sinal de bom comportamento e de respeito pela Polícia por parte dos bracarenses".Esta é a segunda vez que há uma acção deste tipo, "o que não é significativo no tempo de vida da polícia municipal", provando que "tem uma boa imagem no seio da população", mas mostrando também que "sempre que houver desrespeito, haverá consequências".

Pedro Antunes Pereira

LÍNGUA PODE SER FACTOR DISCRIMINATÓRIO

DIÁRIO DE NOTÍCIAS

INTERNACIONAL

31/3/2006

Língua pode ser factor discriminatório

Correspondente em Madrid

Em 2007 a maior feira do livro do mundo, em Frankfurt, terá como tema a Catalunha. E, de acordo com uma moção do parlamento dessa comunidade espanhola, apenas serão convidados os escritores que escrevam em catalão - "únicos representantes da literatura local". De fora ficará, por exemplo, Javier Cercas, catalão que escreve em castelhano - o seu livro Soldados de Salamina vendeu mais de um milhão de exemplares. No entanto, Cercas não se mostrou preocupado: "Tenho que dizer-lhes que não sou nenhuma vítima, porque na Catalunha ninguém me persegue (...). A realidade, a felizmente aborrecida realidade, é que na Catalunha todos falam o que lhes apetece, todos são bilingues, salvo alguns que não falam o castelhano".Durante a ditadura franquista, o catalão estava proibido, por isso, os sucessivos governos da comunidade, após a instituição da democracia, intensificaram o ensino do idioma, reforçando a ideia de que o catalão era a língua própria do território, mas respeitando o direito pessoal de se usar o castelhano. Com a proposta do novo estatuto para esta autonomia "histórica", a polémica agravou-se. O documento consolida o catalão como idioma de "uso normal e preferente" na administração pública e no ensino - o que na prática já acontece.O motivo da controvérsia reside na obrigação de que todos os habitantes da Catalunha conheçam a língua, o que pode ser considerado uma forma de discriminação e que dificultaria, por exemplo, a vida de um andaluz, um basco ou imigrante que quisessem ser funcionários do Estado.Hoje, na Catalunha, 48, 8 por cento dos habitantes consideram como língua própria o catalão, e 44,3 o castelhano. No plano social, há uma convivência pacífica entre os idiomas, especialmente nos centros urbanos - no meio rural o bilinguismo é menos comum, e muitos jovens catalães não dominam bem o castelhano. Mas nos bares e restaurantes de Barcelona salta-se de uma língua para outra. Já no plano institucional, o catalão manda. E quando os deputados tentaram usar o castelhano no parlamento da comunidade, a iniciativa foi considerada um escândalo. Desde 2005 que as escolas secundárias foram aconselhadas a usar apenas o catalão em todas as actividades docentes, com excepção para alunos recém-chegados.Nos últimos meses, alguns pais apresentaram queixas por não conseguirem aulas em castelhano para os filhos. O caso mais célebre foi o de dois irmãos surdos-mudos profundos - com 11 e 6 anos - que após complicadas cirurgias, que lhes facilitaram a capacidade de comunicação, apenas conseguiram ter aulas em catalão, mesmo que a língua falada em casa fosse o castelhano. Os pais reclamaram durante um ano, e receberam como resposta que seria melhor para as crianças estudarem em catalão. Por fim, receberam apoio em castelhano, fora do normal horário escolar - de acordo com a lei, todos têm direito a aprender nas duas línguas. O pai procura agora trabalho fora da Catalunha e pretende mudar-se com a família. O proteccionismo do catalão, mais do que uma tentativa de recuperar os anos perdidos do franquismo, tornou-se num instrumento de afirmação nacionalista - alguns não entendem o biliguismo como uma mais valia, como se fossem um casal de nacionalidades diferentes em que o pai preferisse que os filhos apenas soubessem falar a sua língua. Sobre o futuro, e mais preocupado com questões práticas, o linguista Juan Ramón Lodares escreveu: "Amanhã, alguém que desde criança não tenha aprendido o catalão, o valenciano, o galego ou o basco, encontrará dificuldades em arranjar trabalho nas zonas onde se concentra 40 por cento da população espanhola, isto é, Catalunha, Valência, Baleares, Galiza e País Basco."
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