26 fevereiro 2006

FRANCISCO GOULÃO/CARNAVAL 2006

24 fevereiro 2006

Acessibilidade à televisão em Portugal

Acessibilidade à televisão em Portugal

No passado dia 14 de Fevereiro, realizou-se uma audição pública sobre o acesso de pessoas com necessidades especiais às emissões de televisão em Portugal, promovida pelo Grupo Parlamentar do Partido Socialista.

Durante a audição, foram projectados na tela os seguintes pontos:

Declaração dos Direitos Humanos (1948)
Artigo 1º - Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos

Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia (200/C 364/01)
Artigo 21º - Não Discriminação

Além destes, constam da nossa Constituição Portuguesa vários outros artigos, sendo o mais importante de todos, o artigo 13º, além de outros que garantem a igualdade entre todos os cidadãos portugueses.

No entanto, a conclusão prática que se tira dos últimos anos é que, até hoje, os exemplos dados pelo nosso Governo, televisões generalistas e de cabo mais não se fez do que os mínimos, sendo flagrante que o conceito de igualdade é apenas cumprido numa parte ínfima da comunicação social. Por este motivo, a comunidade surda continua a sua luta contra a discriminação de que são alvos, no dia a dia, as pessoas surdas e os deficientes auditivos.

Basta pensar no exemplo do passado dia 22 de Janeiro, durante a emissão televisiva das eleições, em especial durante o discurso do nosso novo Presidente da República. A tradução do que era discursado para Língua Gestual Portuguesa foi inexistente, não sendo a falta de recursos monetários uma desculpa, já que somas consideravelmente mais elevadas foram gastas em efeitos especiais / multimédia, completamente inúteis no objectivo de fazer passar a mensagem dos nossos líderes governamentais ao povo. Situações como esta são inaceitáveis, o cidadão surdo tem o direito de saber o que os candidatos eleitos dizem e pensam!

Ao tomarem este tipo de opções, apesar das constantes chamadas de atenção por parte das Associações de Surdos, estão na prática a desrespeitar os Direitos Humanos das pessoas surdas em Portugal. E de forma injustificada, pois é perfeitamente claro que existem recursos, tecnologia e dinheiro para disponibilizar a informação num formato acessível para todos, no entanto gastam-se esses mesmos recursos tecnologias e dinheiro em trabalhos televisivos supérfluos.

Recordamos que Portugal já atingiu os mínimos:

http://europa.eu.int/comm/avpolicy/regul/contact_committee.htm#4

Portugal, na acessibilidade à comunicação social, está cada vez melhor em relação aos níveis médios Europeus, embora casos de discriminação como estes continuem a existir. Cada vez menos se justifica quando olhamos para toda a tecnologia, já com provas dadas no estrangeiro e perfeitamente acessível a baixo custo, passar-nos ao lado, mantendo a comunidade surda portuguesa marginalizada. É urgente a criação de leis específicas para obrigar à legendagem para português, à legendagem específica para deficientes auditivos / Surdos e traduções para LGP.

21 fevereiro 2006

75% DAS PESSOAS SURDAS ASSUMEM TER DIFICULDADES COM A LÍNGUA PORTUGUESA

75% das pessoas surdas assumem ter dificuldades com a língua portuguesa

Fonte: http://www.acesso.umic.pt


Num estudo sobre televisão, em que se procurava saber quais os hábitos e os gostos dos espectadores surdos, constatou-se que a língua portuguesa escrita representa um grande obstáculo à difusão da mensagem por pessoas surdas.O estudo foi levado a efeito pela investigadora Josélia Neves, da Escola Superior de Tecnologias de Gestão, que revelou alguns dos dados do estudo numa audição pública sobre acessibilidade à televisão por pessoas com necessidades especiais ocorrida na Assembleia da República no passado dia 14 de Fevereiro (a apresentação está disponível no dossiê Acessibilidade à Televisão).

15 fevereiro 2006

NECESSIDADES ESPECIAIS - TELEVISÃO PARA TODOS EM DEBATE NA AR

DIÁRIO DE NOTÍCIAS

MÉDIA

15/2/2006

"Quem sabe se a RTP não ousa e,um dia,põe o pivô principal numa janelinha e o intérprete de Língua Gestual Portuguesa(LGP) na imagem principal". O repto surgiu ontem na Assembleia da República durante uma audição pública que juntou vários intervenientes em torno do acesso dos cidadãos com deficiência às emissões de televisão.
Josélia Neves,docente e investigadora do Instituto Politécnico de Leiria reconheceu que as três televisões(RTP,SIC e TVI) têm feito bastante nesta matéria,mas há um caminho por percorrer,que pasa também por educar "os cidadãos ouvintes para soluções diferentes".
Numa audição muito participada,promovida pelo grupo parlamentar do PS,foram sublinhadas as insuficiências do actual sistema(e algumas soluções): poucos programas dispõem de tradução em LGP ou legendagem em teletexto.
João Alberto,presidente da Associação Portuguesa de Surdos,carregou nos gestos para fazer passar a mensagem: "a janela no ecrã é o maior inimigo da comunidade surda,porque perdemos a expressão".
Nuno Santos,director de programas da RTP,considerou que é importante haver uniformização das televisões e que vai apresentar aos seus homólogos da SIC e TVI uma solução semelhante à utilizada pela BBC(em que o intérprete surge maior,sem recorte,num canto do ecrã).
Já Francisco Teotónio Pereira,responsável da RTP Multimédia, disse que a RTP Internacional vai disponibilizar,2em breve",programas com legendagem em português.
Também na audiodescrição(transmissão não só das falas dos intervenientes como da descrição de toda a acção) a RTP está "em condições de avançar com conteúdos regulares",garantiu.
Para já,enquanto não chega a tecnologia digital à televisão,deverá avançar através de um anal de onda média da rádio.
Também o responsável do Canal Parlamento,José Diogo,trouxe notícias à sala: em Março o canal vai traduzir as sessões plenárias em LGP,estando a proceder ao recrutamento de intérpretes.
O objectivo do encontro foi,segundo,Arons de Carvalho,deputado do PS,2aprender para quando tivermos que elaborar a futura Lei da Televisão estarmos à altura dos cidadãos com necessidades especiais".
E alertou:"o facto da renovação das licenças da SIC e TVI vir a ser feita quase automaticamente não impede que a legislação seja alterada no sentido de criar um conjunto maior de obrigações às televisões privadas" nesta matéria.

Marina Almeida

PS PROMOVE DEBATE SOBRE ACESSIBILIDADE À TELEVISÃO

PÚBLICO

MÉDIA

15/2/2006


O Grupo Parlamentar do Partido Socialista promoveu ontem,na Assembleia da República,uma audição pública sobre o acesso de pessoas com necessidades especiais às emissões de televisão em Portugal.A discussão foi aberta a associações representativas das pessoas com necessidades especiais,investigadores,legisladores,operadores televisivos e ao cidadão comum.
A entrada em funcionamento de uma nova entidade reguladora para a comunicação social,a proximidade da elaboração da nova lei da televisão e a iminente introdução da televisão digital terrestre foram as principais mudanças apontadas pelos intervenientes para justificar a urgência de um debate sobre acessibilidade. "O nosso propósito é que a troca de opiniões continue,para que a futura legislação para a televisão não contenha as insuficiências da passada2,explicou o deputado Arons de Carvalho.
O que está em discussão são as alternativas que as televisões oferecem para que os deficientes auditivos e visuais possam acompanhar as emissões televisivas. "O número oficial de pessoas deficientes residentes no país é de 636.059 habitantes,mas para mim existem mais", disse Josélia Neves,investigadora.
O direito à informação está consagrado na Constituição portuguesa,e a tradução em línguagestual portuguesa(LGP),legendagem em teletexto e a audiodescrição(descrição das imagens) foram algumas das soluções apresentadas para responder ao problema. No entanto,não surgiu consenso quanto à solução mais adequada ou viável. "Enquanto não é possível tecnologicamente ter mais do que um tipo de legendagem,a ideia é encontrar um meio-termo que seja suficientemente justo para todos",esclareceu Josélia Neves.
As associações presentes disseram que as janelas com os intépretes gestuais são muito pequenas,que há poucos programas com essas janelas ou com legendagem e que o sistema de audiodescrição é praticamente inexistente,mas a RTP,único canal presente na audição,garante que vai continuar os esforços no sentido de melhorar esse sector.
"Muitas vezes ficamos fechados numa torre de marfim",admitiu Nuno Santos,director de prgramas da RTP.Ficou o repto: por que não arranjar novas soluções,como por exemplo,sentar o intérprete ao lado do pivot. Nuno Santos aceitou as sugestões,mas primeiro tem de haver acordo com SIC e TVI.
"Nestas questões não deve haver polémica. O consenso é determinante",disse.

Catarina Homem Marques

14 fevereiro 2006

ACESSO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS ÀS EMISSÕES DE TV

Fonte: http://www.ps.parlamento.pt/

ACESSO DE PESSOAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS ÀS EMISSÕES DE TV:
PS PROMOVE AUDIÇÃO - 3ª. 14 FEV 15/18H AUDITORIO NOVO EDIFICIO

O Gabinete de Imprensa agradece a melhor atenção para a realização da seguinte iniciativa:
Acesso de pessoas com necessidades especiais às emissões de televisão
Grupo Parlamentar PS promove audição pública
O Grupo Parlamentar do Partido Socialista promove, no próximo dia 14 de Fevereiro, no auditório do Edifício Novo da Assembleia da República, uma audição pública sobre o acesso de pessoas com necessidades especiais às emissões de televisão.Numa época de profunda inovação tecnológica e de importantes alterações na actividade televisiva, importa debater as novas possibilidades abertas no domínio do acesso à informação e ao lazer, não apenas na perspectiva da procura de formas de concretizar essa acessibilidade em melhores condições, como na apreciação da legislação a elaborar, nomeadamente no momento, seguramente ainda em 2006, em que for alterada a lei que enquadra a actividade de televisão. Esta iniciativa contará com a especialistas em tecnologias de informação e em inserção social, representantes dos operadores televisivos e das associações representativas das pessoas com surdez e cegueira, entre outras entidades com uma palavra a dizer sobre este relevante tema.A audição realiza-se entre as 15 e as 18 horas, e os trabalhos serão presididos pelo líder parlamentar, Alberto Martins.2006-02-13

13 fevereiro 2006

FRANCISCO GOULÃO

ESTÁGIOS NA ÁUSTRIA E NA ITÁLIA PARA DEFICIENTES AUDITIVOS

Programa Leonardo da Vinci II - <http://www.socleo.pt/> www.socleo.pt

Projectos Transnacionais de Formação

Candidaturas abertas: Estágios na Áustria e em Itáliapara Surdos/Deficientes Auditivos

A MTM Portugal promove em 2006, dois projectos de Mobilidade no âmbito do Programa Leonardo da Vinci II (LDV): Estágios para Surdos/Deficientes Auditivos e Intercâmbios para Professores e Intérpretes de Língua Gestual Portuguesa;

visite: <http://www.mtmportugal.com/> www.mtmportugal.com (LDV).

1- Projecto de Estágios: "ByGestus" O projecto pretende:
- fomentar o gosto pela descoberta de culturas e de línguas gestuais diferentes, ter uma visão mais alargada sobre o contexto europeu;
- contribuir para o desenvolvimento das competências pessoais, linguísticas, culturais e profissionais dos beneficiários e oferecer novas oportunidades de emprego;
- desenvolver as suas capacidades de adaptabilidade e de competitividade e conhecer a diversidade organizacional;
- reconhecer e validar as competências adquiridas durante o estágio; atribuir certificação e qualificação profissional.

Objectivos

Um dos principais objectivos do projecto é contribuir para o combate à exclusão e promover a inserção sócio-profissional dos jovens Surdos/Deficientes Auditivos, trabalhadores e/ou recém formados.

Destinatários

Surdos/Deficientes Auditivos, (que sejam trabalhadores e/ou recém formados, empregados, desempregados ou à procura do 1º emprego)
Nº vagas
10 para Áustria (Viena) e 10 para Itália (Florença)
Duração
13 semanas: 4 semanas de Curso Língua Gestual e 9 semanas de estágio profissional (não remunerado) em Empresas ou organismos de formação
Datas do Estágio
de 1 de Abril a 30 de Junho de 2006
Despesas AsseguradasViagem de avião, alojamento em regime pensão completa, Seguros, Curso de Língua Gestual Austríaca e Italiana, Programa Cultural, Acompanhamento permanente e Certificação
Idade limite
30 anos

Apresentação das Candidaturas Currículo abreviado em Português e em Inglês (apenas 1 página cada)
Comprovativo da Deficiência Auditiva
3 Fotocópias de Certificado de Habilitações
3 Fotocópias de BI e Cartão Contribuinte
4 fotografias a cores
Data Limite para se candidatar
17 de Fevereiro 2006
NOTA: 1- não serão consideradas as candidaturas enviadas depois desta data;
2- não serão consideradas as candidaturas que não apresentem toda a documentação solicitada.
Envio das candidaturas para: mtm@iol.pt ou para FAX: 21 4416409 A/C: Dra. Maria Oliveira da SilvaContacto Tlm: 96 7955549 Ou via CTT para: MTM PortugalRua Gonçalves Zarco, Bloco B-Lt.HM - R/C - D2785-762 S. Domingos de Rana
Os projectos são co-financiados pela União Europeia.

Programa Leonardo da Vinci II - www.socleo.pt <http://www.socleo.pt/>

Projectos Transnacionais de Formação
Candidaturas abertas: Intercâmbios na Áustria e em Itália para Professores e Intérpretes de LGP
A MTM Portugal promove em 2006, dois projectos de Mobilidade no âmbito do Programa Leonardo da Vinci II (LDV):
Estágios para Surdos/Deficientes Auditivos e Intercâmbios para Professores e Intérpretes de Língua Gestual Portuguesa; visite: <http://www.mtmportugal.com/> www.mtmportugal.com (LDV).
2 - Projecto de Intercâmbios: "ForSigno"
O projecto pretende desenvolver as competências dos beneficiários, (pessoais, linguísticas, socio-culturais, profissionais), e permitir a actualização dos seus conhecimentos, através de visitas programadas a instituições de relevante interesse académico e profissional. Estas visitas visam, também, intercambiar e transferir métodos pedagógicos inovadores no ensino das línguas gestuais como segunda língua, como por exemplo: linguística e psicolinguística, cultura e comunidade surda, educação bicultural e bilingue e novas tecnologias.
Objectivos
O principal objectivo do projecto ForSigno é estimular o intercâmbio e a reflexão, entre Professores, Intérpretes de Língua Gestual e responsáveis pela formação e pela orientação pedagógica no domínio das competências linguísticas para as comunidades Surda e Ouvinte, sobre assuntos e matérias de interesse comum a nível europeu, realçando a importância da comunicação multilingue e multicultural no ambiente social, familiar, de formação e de trabalho
Destinatários
Intérpretes de LGP, formadores, professores, responsáveis pela orientação pedagógica no domínio do ensino da Língua Gestual Portuguesa
Nº vagas
5 para Áustria (Viena) e 5 para Itália (Florença)
Duração
4 semanas: 2 semanas de Curso Língua Gestual do país-alvo, Programa Cultural e visitas programadas a Instituições ligadas à comunidade Surda
Datas
de 6 a 27 de Maio 2006
Despesas Asseguradas
Viagem de avião, alojamento em regime pequeno almoço, Seguros, Curso de Língua Gestual do país-alvo, Programa Cultural,
Certificação
Idade limite
N/A
Apresentação das Candidaturas
Currículo abreviado em Português e em Inglês (apenas 1 página cada)
3 Fotocópias de Certificado de Habilitações e outros Certificados
3 Fotocópias de BI e Cartão Contribuinte4 fotografias a cores
Data Limite para se candidatar
17 de Fevereiro de 2006
NOTA: 1- não serão consideradas as candidaturas enviadas depois desta data;
2- não serão consideradas as candidaturas que não apresentem toda a documentação solicitada.
Envio das candidaturas para: mtm@iol.pt ou para FAX: 21 4416409A/C: Dra. Maria Oliveira da SilvaContacto Tlm: 96 7955549Ou via CTT para: MTM PortugalRua Gonçalves Zarco, Bloco B-Lt.HM - R/C - D2785-762 S. Domingos de Rana
Os projectos são co-financiados pela União Europeia.

09 fevereiro 2006

INSUFICIÊNCIA AUDITIVA

INSUFICIÊNCIA AUDITIVA

DIÁRIO DE NOTÍCIAS

REVISTA/SUPLEMENTO "DOSSIER SAÚDE"

9/2/2006

"A falta de audição afecta cerca de 10% da população,sendo que esse número aumenta para 20% a partir dos 65,75 anos", explica a dr.ª Catarina Korn,mestre em Audiologia. "A diferença entre a surdez e a hipoacúsia (ou insuficiência auditiva) é tão grande como a diferença entre a cegueira e insuficiência visual", compara. Ou seja,tal como um cego não pode ser ajudado por óculos,um surdo também não ouve com aparelhos auditivos. Mas também tal como o míope ou alguém com astigmatismo,pode e deve usar óculos,também a pessoa que ouve mal,pode e deve usar aparelhos auditivos. Com o avançar dos anos,o nosso organismo vai-se desgastando e deteriorando. Não é só a audição que tende a diminuir,mas também a visão,o paladar,o olfacto,etc. "Se considerarmos a complexidade do processo auditivo e respectiva anatomia,é fácil reconhecer que o desgaste próprio da idade associado a toda a poluição sonora nas sociedades ditas civilizadas,conduz,inevitavelmente,à destruição das células responsáveis pela transformação do sinal sonoro em impulsos nervosos,e respectiva condução ao cérebro(onde estes impulsos nervosos devem ser reconhecidos e interpretados)",explica.
As causas da perda auditiva são múltiplas,afectam diferentes partes do ouvido e,consoante estas variáveis,a perda de audição pode ser ou não irreversível. "Por exemplo: uma perda auditiva causada por uma otite ou infecção do ouvido médio é normalmente corrigível por tratamento médico ou cirúrgico.Por outro lado,uma perda auditiva provocada por trauma acústico(excesso de ruído) vai afectar o ouvido interno,mais especificamente as células ciliadas no interior da cóclea,(órgão do ouvido interno também chamado caracol) e é sempre irreversível",explica. "Hoje em dia,e com o progresso obtido pelo processamento digital do som,praticamente todos os tipos de dificuldades auditivas podem ser minimizadas,ou mesmo corrigidas com aparelhos auditivos",acrescenta. Relativamente às consequências para o idoso da perda de audição,principalmente se esta for severa,a dr.ª Catarina Korn cita Helen Keller,que era cega e surda,e que dizia que"enquanto que a cegueira isola das coisas,a surdez isola das pessoas. Uma perda auditiva moderada ou severa,afasta o idoso do mundo que o rodeia,porque impede uma das necessidades básicas de qualquer ser humano: a comunicação". Não compreender o que nos dizem,não poder fazer parte das conversas,responder desadequadamente e ser muitas vezes alvo de troça e chacota,levam a um terrível isolamento social,que já por si representa um dos problemas mais graves dos idosos nas sociedades modernas."A este isolamento podem atribuir-se muitas das depressões e acusações de "mau feitio2 feitas a alguns idosos.Afinal,bastava-lhes poder ouvir e participar,para voltar a ser o que eram...", frisa. A ajuda,participação e compreensão dos familiares é essencial ao sucesso da reabilitação auditiva. "Compreender as vantagens e limitações da amplificação,ajudar no manuseamento,ou encorajar a utilização,são tudo papéis fundamentais que os familiares ou prestadores de cuidados podem assumir",explica. A avaliação auditiva é muito simples para o paciente. "O exame básico,ou audiometria,consiste na escuta de alguns sons através de auscultadores. O paciente apenas tem de informar o examinador se ouviu ou não. Através deste teste,obtêm-se os limiares auditivos,ou seja,os níveis mais baixos que a pessoa consegue ouvir,algumas das frequências mais importantes para a fala e situações do dia a dia",explica a dr.ª Catarina Korn. Para uma avaliação protésica completa,(selecção de aparelhos auditivos) é ainda essencial o teste de audiometria vocal,bem como os testes de conforto e desconforto sonoro. Antes de adquirir aparelhos auditivos,deve certificar-se com o médico otorrinolaringologista se o problema é ou não corrigível medicamente."A parir do momento em que se verifique que a única solução é o uso de aparelhos,deve estudar a possibilidade de adquirir aparelhos auditivos a profissionais qualificados e em estabelecimentos idóneos. Deve sempre visitar e obter informações em duas ou três casas de próteses auditivas e adquirir os aparelhos onde se sentir mais bem informado e apoiado", aconselha. "Os aparelhos requerem muita assistência e acompanhamento e isto, por exemplo,nunca pode ser obtido se a adaptação for feita no domicílio,numa carrinha itinerante,ou numa farmácia onde o técnico aparece uma vez por mês ou mesmo uma vez por semana",defende a dr.ª Catrina Korn.


A ajuda dos familiares

Porue impede a comunicação com todos os que rodeiam,uma perda auditiva moderada ou severa provoca no idoso um isolamento social que pode acabar numa depressão. A ajuda dos familiares é essencial. Estes devem ajudar o idoso a participar na vida social,falando numtom de voz mais elevado,não se cansando de repetir a mesma coisa diversas vezes para que este perceba o que está a dizer-se-lhe,não rir perante as suas respostas desadequadas e ainda encorajar a utilização de aparelhos auditivos que possam minimizar o problema.

CERTIFICAÇÃO DE COMPETÊNCIAS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

JORNAL DE NOTÍCIAS
SOCIEDADE
9/2/2006


Certificação de competências para pessoas com deficiência

Casa Pia de Lisboa

A secretária de Estado adjunta e da Reabilitação anunciou ontem que vai ser celebrado, em breve, o protocolo para criar o primeiro centro de reconhecimento, verificação e certificação de competências para as pessoas com deficiência. Em declarações aos jornalistas em Coimbra, Idália Moniz revelou que o protocolo vai ser firmado "nas próximas semanas" com a Casa Pia de Lisboa e que se destina a cegos, surdos e cegos-surdos. A medida insere-se no I Plano de Acção para a Integração das Pessoas com Deficiências ou Incapacidade, que se encontra em discussão pública e se destina a vigorar nos próximos três anos. Na semana passada, o governo apresentou 15 medidas do plano, uma das quais prevê a criação, a nível nacional, de seis centros de reconhecimento, verificação e certificação de competências para a formação de adultos com deficiências ou incapacidade.

FRANCISCO GOULÃO

08 fevereiro 2006

MARIA DE FÁTIMA BONIFÁCIO

DIZ-SE - PÚBLICO - 8/2/2006
O DIABO
MARIA DE FÁTIMA BONIFÁCIO
7/2/2006

"A grandeza de Portugal pertence completamente ao passado."

07 fevereiro 2006

FRANCISCO GOULÃO

AS ESCOLHAS DE MARCELO

DIÁRIO DE NOTÍCIAS
OPINIÃO
AS ESCOLHAS DE MARCELO - RTP
MARCELO REBELO DE SOUSA
7/2/2006

Houve uma cena verdadeiramente patética: o senhor Gates sentado numa cadeira ao lado de José Sócrates e seis ministros,que ao mesmo tempo avançam e assinam.

LUÍS DELGADO

DIZ-SE - PÚBLICO - 7/2/2006
LUÍS DELGADO
DIÁRIO DE NOTÍCIAS
6/2/2006

"[Bill Gates] chegou,viu e venceu,dando uns programitas e prometendo formação - no Windows,bem entendido.E o Governo,inteiro,vergou-se a tanto génio!Quando é que deixamos de ser parolos?"

MARCELO REBELO DE SOUSA

DIZ-SE - PÚBLICO - 7/2/2006
MARCELO REBELO DE SOUSA
RTP
5/2/2006

"As cócoras em que se ficou em Portugal com a visita de Bill Gates foi de mais.(...) Imagino que o senhor Bill Gates,que viaja por todo o mundo,nunca tenha visto quase um governo inteiro para assinar um protocolo."

06 fevereiro 2006

O CARNAVAL 2006 VISTO PELOS ALUNOS SURDOS

EDUCAÇÃO ESPECIAL

EDUCAÇÃO ESPECIAL

NECESSIDADES EDUCATIVAS NÃO FORAM CONTEMPLADAS

JORNAL DE NOTÍCIAS
SOCIEDADE
6/2/2006

Vítor Gomes, professor de educação especial e sindicalista ligado à Federação Nacional dos Professores, critica o facto de o grupo de professores agora criado não se destinar aos alunos com necessidades educativas especiais. "Eles constituem a grande maioria dos alunos que são vítimas de insucesso e abandono escolar", recordou.

Segundo aquele docente, o decreto-lei 50/2005, de Novembro último, veio instituir a criação de planos de recuperação, desenvolvimento e acompanhamento para os alunos com necessidades educativas especiais. "Esses alunos precisam do apoio de professores especializados, mas o grupo de docentes agora criado destina-se, apenas, às crianças com deficiências profundas, ou seja, aos cegos, surdos e deficientes motores", comentou.

Por outro lado, critica o facto de os quadros criados estarem afectos a agrupamentos e não às escolas. "Se a ideia é juntar as crianças deficientes todas numa sala e colocar lá dois professores de educação especial, não podia ser pior. Se já é complicado dar apoio a quatro cegos ou surdos, por exemplo, numa sala, ter mais do que isso não só é pior como também não tem nada a ver com uma política de integração como se pretende", salientou.

Por outro lado, Vítor Gomes não acredita que muitos dos professores que têm sido destacados dos seus grupos disciplinares para a educação especial venham a concorrer aos quadros que o Ministério da Educação vai criar. "São professores do quadro de escola, que agora sabem que é naquela escola que vão estar sempre a leccionar. Ao concorrerem para um agrupamento, desconhecem com quantas escolas vão trabalhar e se terão de andar a saltar de escola em escola para dar os apoios", concluiu.

FRANCISCO GOULÃO

05 fevereiro 2006

JOVENS EM RISCO DE SURDEZ

CORREIO DA MANHÃ
5/2/2006

JOVENS EM RISCO DE SURDEZ


Música - especialistas avisam que geração dos Mp3 tem de baixar o volume

Jovens em risco de surdez

De auscultadores cada vez mais enterrados nos ouvidos, os jovens arriscam um futuro silencioso, com a perda irreversível de audição.

Para os pais com filhos viciados no iPod (o mais popular leitor de mp3) fica o alerta. E os motivos para receio multiplicam-se. Afinal, a música portátil atingiu dimensões nunca vistas. Longe estão os dias do velhinho walkman que, desde 1979, quando surgiu, conquistou uma geração. Actualmente, o advento dos aparelhos digitais, que aliam maior qualidade do som, capacidade de armazenar centenas de músicas e baterias que duram horas a fio (já há as que chegam às 20 horas), fez crescer o número de adeptos destas pequenas maravilhas, cujo volume máximo varia com a qualidade da gravação.

Mas, em média, o iPod atinge 112 decibéis (db). Mais do que uma motosserra (100 db) e muito mais do que os 80 db considerados seguros para o ouvido humano. A surdez é um dos preços a pagar.

“A música começa a ganhar espaço na surdez induzida pelo ruído”, confirma Alberto Santos, otorrinolaringologista no Hospital de Santa Maria. “A mais frequente continua a ser a surdez profissional. Nesta, a causa mais comum tem a ver com o manuseamento de armas de fogo (caçadores, polícias), mas a música alta surge logo em seguida.”

A tudo isto junta-se ainda a nova moda de auscultadores, com um design que os permite enterrar cada vez mais fundo no interior do ouvido. “O nosso pavilhão auditivo tem este formato para que o som seja amortecido e não incida directamente sobre o tímpano. Estes auscultadores podem provocar problemas graves porque o som chega lá direitinho.”

RECUPERAÇÃO DIFÍCIL

Nos Estados Unidos, um grupo de especialistas da Universidade de Northwestern revelou a sua preocupação com este tipo de aparelhos, depois de ter assistido jovens com problemas auditivos típicos de pessoas de idade. E não têm dúvidas. “Com os níveis de som de 100 db, são suficientes 15 minutos de música para começar a perder audição.”Controlar o tempo de exposição à música e não ceder à tentação de levar o volume ao máximo podem evitar o pior. “A partir de determinada intensidade surgem danos no ouvido interno, uma área nobre e onde é muito difícil haver recuperação”, refere Alberto Santos. A melhor forma de evitar, acrescenta, são os intervalos. “O nosso ouvido tem a capacidade de se defender, se tiver tempo para isso. Um pequeno intervalo sem ruído pode ser suficiente para o proteger.”Porque o risco de perder a audição é real, o especialista pede bom senso e educação para o uso correcto dos aparelhos. “Se os usarmos mal, nunca mais vamos ouvir com clareza. Perde-se o colorido da audição – como se, de repente, deixássemos de ver a cores e passássemos a ver tudo a preto e branco.”

TRANSPOSIÇÃO BEM ENCAMINHADA

Portugal, à semelhança do que acontece com os restantes países da União Europeia, tem até 15 de Fevereiro para transpor para a legislação nacional a Directiva 2003/10/CE do Parlamento Europeu, que estipula os 87 decibéis como o limite máximo de exposição diária ao barulho no local de trabalho. O objectivo é claro: proteger os trabalhadores contra o ruído excessivo. Uma transposição que, de acordo com fonte do Ministério do Trabalho e da Segurança Social, deverá cumprir o prazo previsto. No entanto, a mesma fonte não exclui a possibilidade de dificuldades, tendo em conta o carácter de complexidade técnica do diploma. Segundo dados da Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho, estima-se que mais de 60 milhões de trabalhadores – o equivalente à população da França – estejam expostos a altos níveis de ruído durante mais de um quarto do tempo laboral, o que pode originar problemas de saúde graves.

MÚSICOS SÃO VÍTIMAS DO BARULHO

Peter Townshead, 60 anos, guitarrista da banda Who, não tem dúvidas – a sua audição já não é o que era e a culpa é toda, garante, do ruído. Ou melhor, do som elevado que chegou mesmo, em 1976, a dar à banda onde tocou o título de mais barulhenta quando, durante um concerto, a música chegou aos 120 decibéis (mais do que o som produzido por um martelo pneumático).Como ele, um terço dos músicos de orquestra em todo o mundo sofre devido ao barulho elevado, a que se juntam outros nomes mais ‘rockeiros’ como Phil Collins, Neil Young, Sting, Mick Fleetwood ou Eric Clapton.Os músicos portugueses também não escapam. Zé Pedro, dos Xutos & Pontapés, não sabe até que ponto os seus ouvidos ficaram afectados com os anos de trabalho na música. “Mas sinto que não estão a cem por cento e um dos meus colegas de banda já teve mesmo de fazer tratamentos”, conta ao CM.António Paiva, presidente da Sociedade Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-facial, confirma que “os músicos são particularmente atingidos pelo ruído, já que estão expostos a barulho de alta intensidade durante bastante tempo”. E muitos destes problemas são mesmo irreversíveis. Por isso, o especialista aconselha a protecção. O uso de uma espécie de tampões no interior do ouvido, com um filtro que corta os ruídos mais intensos, torna-se obrigatório para quem trabalha lado a lado com o ruído, havendo mesmo campanhas internacionais que aconselham o seu uso junto dos músicos de rock.

MÚSICA PORTÁTIL: PASSADO E PRESENTE

WALKMAN

A música portátil nasceu no final dos anos 70. De origem japonesa, o walkman permitia ouvir música, em forma de cassetes, ao mesmo tempo que se podiam realizar todo o tipo de tarefas. Um feito inédito até então, suficiente para conquistar uma geração.

DISCMAN

Das cassetes aos CD foi um pequeno passo. Antes ainda do final dos anos 80, a Sony lançava uma novidade que rapidamente deixou o walkman para trás. O primeiro leitor portátil de CD, o D-50, conquistou o mundo e tornou-se a grande novidade dos anos 90.

MINIDISC

Foi o aparelho que se seguiu, mas não conseguiu alcançar na Europa e Estados Unidos o mesmo sucesso conseguido na pátria, o Japão. Trata-se de um sistema de armazenamento baseado num disco, uma tecnologia anunciada pela Sony em 1991 e introduzida em 92. MP3O desenvolvimento do sistema mp3 começou em 1987, na Alemanha. Tornou-se realidade em 1999 e, desde então, a sua popularidade tem vindo a subir. Em 2005, as vendas de mp3 cresceram 200 por cento e só a Apple já vendeu mais de 20 milhões de iPods no mundo.

TELEMÓVEIS

Há muito que o telefone deixou apenas de servir para fazer chamadas. Hoje, a possibilidade de ouvir música via telefone móvel é uma realidade, assim como é também possível fazer o ‘download’ de canções directamente da internet, muitas vezes sem qualquer custo.

Carla Marina Mendes

04 fevereiro 2006

BILL GATES

PÚBLICO
ECONOMIA
4/2/2006

BILL GATES NÃO VEM DAR NADA A NINGUÉM. VEM É SACAR DINHEIRO,VEM TRATAR DOS SEUS NEGÓCIOS.

Paulo Trindade

Coordenador da Frente Comum

02 fevereiro 2006

INTERNET NAS ESCOLAS




• INTERNET

TSF ONLINE - 2/2/2006

Banda larga viabilizada através de outros sistemas

A instalação da Internet de banda larga nas escolas onde o ADSL não era tecnicamente possível foi viabilizada através da RDIS e outros sistemas. A garantia foi dada pela Fundação para a Computação Científica Nacional.
( 23:50 / 01 de Fevereiro 06 )
Mais de 8200 escolas portuguesas estão ligadas por Internet de banda larga, nem todas têm ADSL, mas a ligação por banda larga existe.A garantia foi dada pela Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN), que esclarece que nas escolas em que não foi tecnicamente possível instalar ADSL, recorreu-se ao RDIS e a outros sistemas.Em declarações à TSF, Pedro Veiga, presidente da FCCN, disse que « a tecnologia ADSL, por razões técnicas, e que tem a ver com a distância entre a central e neste caso a escola, pelo tipo de cabos que estão instalados e, às vezes, até pela própria rede telefónica da escola, não é viável nalguns casos».«A PT comunicou-nos que nalgumas escolas o ADSL não era viável, sendo encontrada uma outra solução de banda larga, os quatro canais RDIS, que estão a ser usados nas escolas onde o ADSL não é tecnologicamente viável», acrescentou.Sobre o facto de haver escolas que nem sequer têm computadores, Pedro Veiga disse ter «conhecimento de estabelecimentos de ensino onde houve furtos e as câmaras municipais não assumiram a responsabilidade de substituir os computadores».Em reacção às palavras de Pedro Veiga, o presidente da Associação de Municípios explicou que as autarquias apenas colaboram com o Governo.Fernando Ruas lembrou, ainda, que da lista de material obrigatório com que a câmara tem de apetrechar a escola não consta a compra de computadores

PLANO DE INTEGRAÇÃO DE DEFICIENTES - LINGUAGEM GESTUAL NO ENSINO BÁSICO


Linguagem gestual no ensino básico

Maria João Caetano

DIÁRIO DE NOTÍCIAS
2/2/2006

O Governo vai introduzir um programa curricular de língua gestual portuguesa, cobrindo toda a população escolar surda no ensino básico e secundário, no ano lectivo 2007/08. Além disso, espera que até 2009, um universo de 700 alunos cegos e com baixa visão tenham à sua disposição manuais escolares e outros livros em formato digital. Estas são duas medidas integradas no Plano de Acção para a Integração das Pessoas com Deficiência ou Incapacidade, ontem apresentado pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social. Tal como o DN ontem adiantou, residência, educação e emprego dos deficientes são áreas privilegiadas de intervenção.Concebido pela equipa da Secretaria de Estado para a Reabilitação, que ouviu não só os deficientes e as suas famílias, como ONG, académicos e autarcas, "este plano é um marco nas políticas sociais", considerou a secretária de Estado Idália Moniz. E enfatizou o facto de se tratar de uma acção transversal (envolvendo as equipas do Emprego, Saúde e Educação) e de ser um plano de cariz social. "Queremos agir sobre o meio e não sobre as pessoas com deficiência", disse.Entre as 15 medidas centrais ontem apresentadas pela secretária de Estado destacam-se a criação, em todo o País, de 20 unidades residenciais, ou seja, apartamentos de residência autónoma que vão acolher no máximo cinco pessoas cada. Além disso, até 2009, o Governo espera criar 550 novos lugares em residenciais para jovens e adultos com deficiências e dependentes - o que representa um aumento até 15 por cento da capacidade de acolhimento. Isto apesar de a ideia subjacente a este plano ser "a promoção da integração e da desinstitucionalização do deficiente", afirmou Idália Moniz.O Governo quer promover em dois anos a reabilitação profissional de 800 trabalhadores que devido a acidentes de trabalho ficaram com uma deficiência e não estão no activo. E destacam-se ainda os protocolos com 20 "empresas-chave" para receberem 400 estagiários, "com uma meta de 50% de inserção no mercado de trabalho".A sensibilização, as ajudas técnicas (apoios para aquisição de equipamentos), a intervenção precoce (dos zero aos três anos) e a criação da figura do Técnico de Referência (a pessoa que faz a ligação entre a família e o seu centro de Segurança Social) são outras medidas que visam, antes de mais, a promoção da qualidade de vida das pessoas com deficiência e a sua integração social. O plano está em discussão pública nos próximos dois meses e começará a ser aplicado no final do primeiro semestre deste ano.

01 fevereiro 2006

PLANO TECNOLÓGICO - DEFICIENTES SEM ACESSO AO SITE

REVISTA NOTÍCIAS MAGAZINE
JORNAL DE NOTÍCIAS/DIÁRIO DE NOTÍCIAS
29/1/2006
TEXTO - CARLA AMARO

A Resolução 97/99 do Conselho de Ministros não pode ser mais clara: "A organização e apresentação da informação facultada na internet pelas direcções(...)e institutos públicos(...)devem ser escolhidas de forma a permitirem ou facilitarem o seu acesso pelos cidadãos com necessidades especiais."
Ora,o site do Plano Tecnológico não respeita estas regras,impossibilitando o acesso aos conteúdos de quem é portador de deficiência. Além de imagens não legendadas,a página electrónica exige a utilização de rato ou outros dispositivos apontadores,e os menus não têm texto alternativo. A Associação Portuguesa de Deficientes já contestou e até avançou ideias para corrigir as falhas,entre elas "interfaces auditivos,visuais e tácteis" para a pesquisa de informações.Esperemos que não caiam em saco roto.

FRANCISCO GOULÃO

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