17 setembro 2007

ELOGIADO ESFORÇO PORTUGUÊS NA INTEGRAÇÃO DO ENSINO ESPECIAL

PÚBLICO

17/9/2007



Elogiado esforço português na integração do ensino especial

17.09.2007, Marco Lopes da Silva*




Em Portugal, as políticas para a integração das crianças com deficiências no ensino regular estão "no bom caminho", avalia Cor Meijer, director da Agência Europeia para o Desenvolvimento em Necessidades Educativas Especiais, que elogiou ontem o "esforço" português nesta matéria. O dirigente encontra-se em Portugal para participar num encontro que reúne centenas de jovens europeus e portadores de deficiência.
"A agência já esteve várias vezes em Portugal e o que apreendi é que o compromisso e o esforço nesta matéria são enormes. As pessoas são muito activas, têm boas ideias e estão muito empenhadas. Posso dizer, com firmeza, que Portugal está no bom caminho", declara, a propósito do encontro europeu sobre Diversidade em Educação, que decorre hoje na Assembleia da República, em Lisboa, no âmbito da presidência portuguesa da União Europeia.
Este encontro vai trazer jovens, com necessidades educativas especiais, entre os 16 e os 21 anos, de cerca de 30 países europeus.
O objectivo da reunião é o de estes jovens expressarem a sua opinião, partilharem experiências e expectativas junto dos decisores políticos, já que também participam representantes dos Ministérios da Educação dos Estados-membros, de instituições europeias e organizações internacionais.
"Se o objectivo é melhorar a política educacional na Europa relativamente às necessidades educativas especiais, nada melhor do que ouvir a opinião dos próprios jovens, sobretudo identificar as barreiras que se colocam à sua integração nas escolas de ensino regular", explica Cor Meijer, acrescentando que tem a expectativa de uma "declaração clara e firme" dos jovens no final do encontro.
Em Portugal, o Ministério da Educação quer ter todos os alunos com deficiência no sistema de ensino regular até 2013.
Quanto às escolas de ensino especial, poderão ser transformadas em centros de recursos.
Este modelo é considerado preferencial pela agência europeia, mas nem todos os países o seguem. Há quem aposte na separação destas crianças, como é o caso da Alemanha, Holanda, Bélgica, França e Suíça.
A Agência Europeia promove a partilha de informações e experiências que ajudem no desenvolvimento e concretização das melhores decisões políticas em todos os países da União Europeia. Contudo, a agência "acredita fortemente na escola inclusiva", declara Cor Meijer. * Lusa
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