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Federação Portuguesa de Xadrez divulga as Olimpíadas de Xadrez para Surdos 2010 na véspera do seu início
Jun, 03 2010
A organização das Olimpíadas de Xadrez para Surdos 2010, de acordo com o cartaz promocional da sua Comissão Organizadora, é um evento que tem a organização da Liga Portuguesa de Desportos para Surdos (LPDS) e da Federação Portuguesa de Xadrez (FPX).
A LPDS informa a existência das Olimpíadas na página do xadrez, mas nem considerou importante destacá-la na página de entrada onde apresenta um cartaz alusivo a uma notícia a um torneio nacional de futesal. É curioso notar que para a LPDS, «o ICSC em parceria com a Liga Portuguesa de Desporto para Surdos, irá realizar a 16.ª Olimpíada de Xadrez para Surdos, a 4.ª Olimpíada de Xadrez para Mulheres Surdas e o 1.º Mundial Individual de Blitz de Xadrez para Surdos». Para a LPDS a FPX não existe.
Não obstante estar convocada há meses – a mensagem de boas-vindas do Presidente da Comissão Organizadora data de Dezembro de 2009 e consta da publicidade de uma página do último exemplar da revista da FPX saído em Dez/Jan – o sítio oficial da Federação Portuguesa de Xadrez apenas divulga a existência do evento na véspera do seu início, numa única linha remetendo para a página oficial das Olimpíadas.
E que dizer da informação a nível associativo? As mais importantes Associações não informam a existência das Olimpíadas [foram consultados os sítios da AX Braga, AX Faro, AX Lisboa, AX Porto, AX Setúbal]. Nem o fórum lusoxadrez nem os sítios de informação sobre o xadrez nacional. Nada. [Foram consultados o scn (que deixou de divulgar o xadrez) e o xadrez64].
Para um evento desportivo desta natureza e de projecção internacional não é nada má ideia não lhe conferir o destaque que ele deveria merecer. Depois queixam-se da falta de cobertura da comunicação social.
Mas os xadrezistas saberão que há xadrez para surdos em Portugal?
Uma simples e ingénua pergunta. Porque trouxeram para Portugal um evento internacional desta importância senão para ganhar alguma visibilidade e chamar a atenção dos desportistas e da população em geral?
Se tratam assim o xadrez de quem não ouve como será tratado o xadrez dos que não têm esse problema.
A propósito, para terminar, alguém se lembrará quem foi Renato Pereira?
Bom, creio que apenas Arlindo Vieira (que se lembrou dele no seu blogue) e mais uma meia dúzia de xadrezistas e pouco mais e todos da velha guarda. Dos que puderam conviver com ele, enquanto frequentava as salas de jogo, a maioria já desertou do tabuleiro e os outros já lhe esqueceram a face e o nome.
Não ouvi um único xadrezista pronunciar o seu nome desde que regressei ao xadrez há cerca de dez anos, a não ser quando falei dele. Alguns tinham uma vaga ideia.
Neste momento numa prova de carácter internacional justifica-se falar dele e da importância que teve no xadrez de competição em Portugal há cerca de 30 anos. O xadrez e o país, que tanto o maltrataram, devem-lhe uma homenagem séria e sincera de reconhecimento. O país ter-lhe-á feito justiça em 1982.
Mas só depois de Egídio Vieira ter escrito um artigo, Um campeão marginalizado pela Direcção-Geral dos Desportos, na revista Reabilitação, 4, Set-Out 1981, do então Secretariado Nacional de Reabilitação e de uma carta do Prof. Francisco Goulão, a situação seria apreciada pela DGD.
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