ESCOLA AVANÇA COM CAMPANHA PARA AJUDAR SURDOS
JORNAL DE NOTÍCIAS
NORTE
28/10/2006
Glória Lopes
Pedir uma certidão, um selo ou uma informação nem sempre são mensagens simples. Para os surdos, podem revelar-se uma verdadeira dor de cabeça, pois esbarram diariamente em dificuldades de comunicação com quem está do outro lado do balcão. Atenta a esta situação, a Escola EB 2,3 Augusto Moreno vai iniciar uma campanha de sensibilização, em Bragança, nas instituições e repartições públicas, para o problema da surdez e para ajudar a minimizar alguns obstáculos.Aprender para ajudarO objectivo é despertar as pessoas para a necessidade de fazer um esforço para dar um atendimento mais personalizado aos portadores daquela deficiência. A instituição de ensino gostaria que os funcionários fizessem uma aprendizagem, mínima, de conhecimentos da Língua Gestual Portuguesa para ajudar a resolver questões simples e práticas.Até ao final do ano, a Unidade de Apoio a Alunos Surdos do Sabor, a única do género em todo o distrito de Bragança que funciona naquele estabelecimento de ensino, apostará forte na aproximação à comunidade. Há vários projectos previstos desde a elaboração de um folheto para divulgação da unidade, uma explicação básica sobre o alfabeto de língua gestual, a criação um boletim para ser distribuído com o jornal da escola que será também enviado para associações, empresas, instituições locais e público em geral. Prevê-se a realização de um curso de língua gestual e a criação de um "link" específico sobre o assunto, na página da instituição na Internet. O objectivo é simples desentorpecer consciências para um problema real que atinge alguns. "Vamos tentar dar uma base sobre o tema e sensibilizar para o problema", referiu Jorge Rodrigues, o professor responsável pela unidade. A escola tem esperança que o outro lado a oiça.Dar respostaA Unidade de Apoio a Alunos Surdos do Sabor foi criada pela Direcção Regional de Educação do Norte em 2003, para dar uma resposta educativa diferenciada e fazer o acompanhamento aos alunos com surdez ou problemas auditivos integrados no ensino regular. O ensino é complementado com formação específica em língua gestual portuguesa como forma de comunicação privilegiada para ambientes bilingues, bem como a aprendizagem de Português escrito, e eventualmente falado.Os alunos com deficiências auditivas que não queiram prosseguir estudos além do 9.º ano são encaminhados para escolas profissionais, ou auxiliados na sua inserção na vida activa. A Escola EB 2,3 Augusto Moreno, em Bragança, tem já dois casos nestas situações uma aluna está a frequentar a Escola Profissional e um jovem procura a inserção na vida activa nos Bombeiros Voluntários de Bragança. A falta de empresas que queiram receber jovens surdos é o maior problema que a unidade enfrenta. Há muita dificuldade em firmar protocolos. Daí que a escola queira sensibilizar os empresários para a inserção dos alunos com necessidades educativas especiais. Este ano, a unidade é frequentada por 12 alunos, com vários problemas de audição ou dificuldades de linguagem. São acompanhados por técnicos especializados .
NORTE
28/10/2006
Glória Lopes
Pedir uma certidão, um selo ou uma informação nem sempre são mensagens simples. Para os surdos, podem revelar-se uma verdadeira dor de cabeça, pois esbarram diariamente em dificuldades de comunicação com quem está do outro lado do balcão. Atenta a esta situação, a Escola EB 2,3 Augusto Moreno vai iniciar uma campanha de sensibilização, em Bragança, nas instituições e repartições públicas, para o problema da surdez e para ajudar a minimizar alguns obstáculos.Aprender para ajudarO objectivo é despertar as pessoas para a necessidade de fazer um esforço para dar um atendimento mais personalizado aos portadores daquela deficiência. A instituição de ensino gostaria que os funcionários fizessem uma aprendizagem, mínima, de conhecimentos da Língua Gestual Portuguesa para ajudar a resolver questões simples e práticas.Até ao final do ano, a Unidade de Apoio a Alunos Surdos do Sabor, a única do género em todo o distrito de Bragança que funciona naquele estabelecimento de ensino, apostará forte na aproximação à comunidade. Há vários projectos previstos desde a elaboração de um folheto para divulgação da unidade, uma explicação básica sobre o alfabeto de língua gestual, a criação um boletim para ser distribuído com o jornal da escola que será também enviado para associações, empresas, instituições locais e público em geral. Prevê-se a realização de um curso de língua gestual e a criação de um "link" específico sobre o assunto, na página da instituição na Internet. O objectivo é simples desentorpecer consciências para um problema real que atinge alguns. "Vamos tentar dar uma base sobre o tema e sensibilizar para o problema", referiu Jorge Rodrigues, o professor responsável pela unidade. A escola tem esperança que o outro lado a oiça.Dar respostaA Unidade de Apoio a Alunos Surdos do Sabor foi criada pela Direcção Regional de Educação do Norte em 2003, para dar uma resposta educativa diferenciada e fazer o acompanhamento aos alunos com surdez ou problemas auditivos integrados no ensino regular. O ensino é complementado com formação específica em língua gestual portuguesa como forma de comunicação privilegiada para ambientes bilingues, bem como a aprendizagem de Português escrito, e eventualmente falado.Os alunos com deficiências auditivas que não queiram prosseguir estudos além do 9.º ano são encaminhados para escolas profissionais, ou auxiliados na sua inserção na vida activa. A Escola EB 2,3 Augusto Moreno, em Bragança, tem já dois casos nestas situações uma aluna está a frequentar a Escola Profissional e um jovem procura a inserção na vida activa nos Bombeiros Voluntários de Bragança. A falta de empresas que queiram receber jovens surdos é o maior problema que a unidade enfrenta. Há muita dificuldade em firmar protocolos. Daí que a escola queira sensibilizar os empresários para a inserção dos alunos com necessidades educativas especiais. Este ano, a unidade é frequentada por 12 alunos, com vários problemas de audição ou dificuldades de linguagem. São acompanhados por técnicos especializados .
publicada por Francisco Goulão às
sábado, outubro 28, 2006
1 Comentários:
Caro Professor Goulão
Meu nome é Andrey Sgorla, sou brasileiro, e moro ao sul de meu país, no Estado do Rio Grande do Sul, na cidade de Porto Alegre.
Cidade que recebeu na sua criação os açorianos e portugueses.
Sou cientista social e ouvinte, mas apaixonado e estudioso da cultura, da idendade e da língua da (s) comunidade (s) surdas.
Nós temos aqui no Brasil também um grande problema para a inserção dos no mercado de trabalho, e também nas escolas. Penso que em Portugal e na Europa haja uma maior divulgação e reconhecimento pela sociedade e pelos governantes da importância de espaços educativos especificos para as crianças e os jovens surdos, leio pela internet, que há uma mobilização da comunidade surda pela garantia de seus direitos.
Pretendo realizar um pesquisa de doutorado sobre a inclusão dos surdos no mercado de trabalho e busco informações sobre como isto esta ocorrendo em outros países.
Um grande abraço,
Andrey
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