por parte de figuras públicas (Artistas, Músicos, Escritores, Políticos de
todos os quadrantes, Dirigentes de Instituições (independentemente da sua
natureza), Actores, Jornalistas, Comentadores, Dirigentes Religiosos, etc.),
que subscrevam o Manifesto enviado junto.
Assim, solicitamos a todos aqueles que, pela sua actividade se enquadram
nesse grupo de pessoas, que enviem um email manifestando a sua concordância
com os princípios enunciados no Manifesto para o endereço electrónico do
Movimento de Trabalhadores Portadores de Deficiência em Defesa dos
Benefícios Fiscais (mtpd.bfiscais@
(Breve apresentação dos motivos que presidiram à criação deste Movimento)
Quando elaborou o Orçamento de 2007 e retirou os benefícios fiscais em sede
de IRS aos deficientes com um grau de incapacidade superior a 60% para os
substituir por uma dedução à colecta de 3 salários mínimos, o Governo não
possuía nenhum estudo sobre os custos que, em Portugal, as pessoas suportam
por terem uma deficiência. Quando elaborou o Orçamento de Estado para 2008,
e passou a dedução à colecta para 3,5 salários mínimos, o Governo continuava
a desconhecer estes custos. O que não o impediu de alterar o regime
existente até 2006, procedendo a alterações de grande impacto para os
abrangidos.
Embora não possamos quantificar a realidade nacional, temos a experiência
sobre o que significa ter uma deficiência em Portugal. Em primeiro lugar, os
efeitos da exclusão: neste país o número de deficientes que acede ao mercado
de trabalho é uma minoria, por ausência de políticas de inserção adequadas a
esse efeito. Mas é justamente sobre essa minoria que o Governo faz agora
recair o esforço de solidariedade com os mais desfavorecidos.
A nossa posição é muito clara: em 1988, foi introduzido um cálculo do IRS
que permitia aos deficientes isentar 50% do seu rendimento ao imposto, sendo
que o rendimento isento de imposto não podia ultrapassar os 13.744 euros.
Para quê? Para que, com esse suplemento financeiro, fizessem face a despesas
acrescidas em saúde, alojamento, transportes, ajudas de terceiras pessoas,
etc., e, assim, poderem ter uma qualidade de vida equiparável à das
restantes pessoas com as mesmas habilitações e nível salarial. Mas no país
campeão das desigualdades na União Europeia, o Governo grita pela "equidade
social" só para as pessoas com deficiência e trata-nos como se a deficiência
fosse a nossa característica essencial, revelando, ao contrário do que
possivelmente julga, uma postura completamente retrógrada e estigmatizante.
E sobram ainda as insinuações do aproveitamento fraudulento que é feito
destas isenções como se, por causa das irregularidades nas baixas médicas ou
no subsídio de desemprego, fosse admissível acabar com estes instrumentos de
regulação social.
Não podemos aceitar o tratamento que nos está a ser dado e, assim, vamos
desenvolver até à aprovação do Orçamento na Assembleia da República, em 22
de Novembro, uma série de acções entre as quais destacamos: estar presentes
na AR aquando da discussão do Orçamento; manter as reuniões com os grupos
parlamentares, políticos e personalidades de relevância nacional; juntar-nos
no Centro Cultural de Belém, no dia 20 de Novembro, por ocasião do
encerramento do Ano Europeu pela Igualdade de Oportunidades para Todos.
____________
Movimento de Trabalhadores Portadores de Deficiência em Defesa dos
Benefícios Fiscais
Página na internet: http://xbarreiros.
Blogue: http://mtpd.
Telefones de contacto: 913014476 e 966668728
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